A toda hora, em todas as questões, as simples ou complexas, queremos o precioso extrato da verdade para desenrolar a vida. Nos juízos, nas partilhas, nas discussões, nos afazeres, nas brincadeiras, nas ideias, em tudo precisamos do raio-x fiel da realidade, a exata medida, a resposta certa, o caminho. Possuir o reto discernimento, distinguir o certo do errado não tem preço, e é o alvo de todos os homens, dos simples aos cultos. Apesar da busca, nem sempre a verdade é usada como verdade só por ser a verdade. Entre ela e sua aplicação está o homem, que por muitas vezes é o inimigo. Afinal, somos amigos ou traidores dela? Até que ponto a conhecemos? Somos filhos da Verdade ou vivemos uma mentira travestida? Certa vez Cristo foi questionado: "O que é a verdade?"
Jesus foi covardemente traído, abandonado por seus discípulos e entregue para ser julgado. Apesar de Deus revelar em sonhos para mulher de Pilatos que Jesus era um santo de Deus e de todas as evidências apontarem para uma conspiração orquestrada sobre a inveja dos líderes judeus, ele se acovardou de um reto juízo, amou a mentira para proteger sua condição política frente a Israel e ao Império Romano.
No julgamento, ele pergunta a Cristo se Ele é Rei, e a resposta foi: “Tu o dizes! Eu para isso vim ao mundo, a fim de testemunhar da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.” Nas entrelinhas, Jesus deixa claro que Pilatos sabe e proferiu com os próprios lábios: “Tu o dizes!” Jesus levanta a questão da verdade, que Ele veio testemunhar dela, e quem é da verdade ouve a sua voz, deixando nítido que seu oponente juiz não pertence a ela nem a Ele. Eis o grande dia de Pilatos, onde ele se confronta com a verdade e que terá desdobramentos eternos para sua vida e para humanidade. Coitado do governador, mal sabia ele que a verdade é uma pessoa e que a tinha condenado a cruz.
E nós? Como temos respondidos frente a verdade de Deus? Temos o poder de escolha. A crucificamos ou a acolhemos? Pilatos por três vezes tentou libertá-la, mas foi covarde e lavou as mãos por que amava mais sua vida. Você tem sido alheio a verdade? Tem lavado as mãos? Com Jesus não há meio termo: “Quem comigo não ajunta, espalha.” Pilatos lavou as mãos simbolicamente, mas mandou matar Jesus?! Isso não o livrou da responsabilidade: “Disse Jesus: Quem me entregou a ti maior pecado tem.” O pecado dele só foi um pouco menor do que o dos líderes judeus. Se alguém tem trazido Jesus para que você tome uma decisão, o que faz? Rende-se ou embarca na mentira? Não tem como fugir de uma decisão.
Depois de concluir todo o melindroso julgamento de Cristo, entregá-lo a morte, a última ação de Pilatos foi uma atitude vingativa contra os judeus apregoando uma placa que anunciou ironicamente a verdade: JESUS, REI DOS JUDEUS. Os Judeus o entregaram por inveja, Pilatos foi um corrupto juiz, e Cristo não reagiu por um propósito maior. Ao terceiro dia Ele ressurgiu e venceu a morte. A verdade de Deus virá à tona, e a mentira humana será descoberta e envergonhada. Aonde você está posicionado frente a essa verdade?
"Eu sou o caminho, a verdade e a vida."
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