Powered By Blogger

terça-feira, 11 de setembro de 2012

“INESCUSÁVEL!”

 “... o qual nos tempos passados deixou andar todas as nações em seus próprios caminhos. Contudo, não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas do céu, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações.” At 14: 16,17.
                                                                                                                              
         Na sublime e complexa tarefa de criar um ser autônomo, com livre escolha, “imagem e semelhança”, Deus confronta-se com o paradigma de ser absolutamente santo, reto e ter que relacionar-se com a criatura, limitada e ainda por decidir o horizonte de seus atos, seu comportamento, luz ou trevas. Ele, como o Grande Juiz, tem que impetrar ao ser criado um justo juízo por suas ações. Foi pensando nessas possibilidades que preparou condições propícias para que o homem pudesse balizar claramente quem é Deus, quem é ele mesmo e qual o caminho da verdade. Ao longo da história, o Criador deu todas as evidências necessárias para o homem tomar as decisões acertadas rumo à vida, e em um possível juízo e condenação o mesmo seja inescusável.
No texto acima, Paulo, conhecedor da história, nos ensina que Deus permite que os homens, as nações trilhem seus destinos com liberdade de escolha. “Contudo” não deixou de dar as evidências necessárias de sua existência, seus retos valores, seu Reino. Ao mesmo tempo que Deus cria um ser livre mostra também as implicações de todas as suas decisões, o fruto de cada escolha. Alguns versos antes de nosso texto, os homens, perversamente cauterizados, queriam sacrificar a Paulo, adorar a criatura ao invés do Criador. Algo abominável, mas se repete ainda hoje.
Podemos também depreender do texto que a manifestação de Deus se dá nas dádivas da abundante fartura que nos proporciona a natureza criada: o plantar, colher, mantimentos que nos enchem o coração de alegria. Com um pouco de reflexão e bom senso percebe-se que por trás da criação há um Criador, um ser inteligente, bondoso e misericordioso. Esta revelação já é o bastante para se render a Deus.
A árvore do conhecimento do bem e do mal em Gênesis, as bênçãos e maldições em Deuteronômio, entre outras passagens, nos deixam bem cientes que estamos numa caminhada progressiva que remete a uma bifurcação vital, mas bem sinalizada. Não tem uma terceira opção, um meio termo, ou eximir-se da escolha de uma direção em detrimento da outra. Deus nos orienta a seguirmos o caminho da vida, mas nos deixa livres à Grande Decisão.
Tenho dois filhos, como pai entendo como funciona esse processo. É uma analogia perfeita o contexto familiar. Meus filhos estão entrando na idade da razão, faço o melhor para lhes indicar o Caminho. Dou as condições de um ambiente favorável, mas a decisão final será deles. Chegará o tempo que voarão com as próprias asas, tomarão suas escolhas e colherão o fruto devido.
Falamos aqui da Revelação Geral. Acontece através da glória que se manifesta na criação e nos testemunhos que Deus deu de si mesmo em vários lugares e épocas oportunas. A Revelação Específica veio na encarnação de seu Filho Unigênito, projetada através de Israel que tem uma história singular. Um Estado que teve como embrião uma caminhada compartilhada com o divino. A partir daí, na plenitude dos tempos, surge o Messias prometido e esperado que vem ao mundo tornar-se a figura central das épocas. Sua palavra, sua obra e sua pessoa marcam de forma definitiva a revelação de Deus à humanidade. Estamos cercados de uma grande nuvem de evidências, não há como negar, ser isentos de responsabilidade. Somos indesculpáveis.
Todos os dias, tomamos centenas de decisões. Até para mover um dedo optamos. Precisamos usar a inteligência que nos foi dada, o bom senso, o discernimento para separar o vil do precioso. Deus nos deu uma vida, e por mais efêmera que seja temos todas as condições para decidirmos onde será nossa eternidade. Essa é a Grande Decisão. Quando o Juiz sinalizar “game over” fecham-se os portões, o jogo da vida finda. Já está decretado o veredito: a morte ou a vida que se revela pela postura que assumimos na jornada terrena.
A Bíblia diz que o Espírito nos convence do pecado, da justiça e do juízo. O papel dEle é convencer, o nosso, responder. Caro leitor, se sente-se envolvido nesta esfera de iluminação, acaba de contemplar a Bifurcação. A minha oração é que torne ao Caminho que revela a luz e conduz à eternidade: JESUS.


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

DEUS E REI?

Rejeição é um dos sentimentos mais assombrosos que podemos nomear. Ser rejeitado por alguém, principalmente por quem mais deveria nos amar é avassalador, imensurável. Há dois momentos que foram uns dos mais tristes nas páginas das Escrituras Sagradas. Momentos estes que o homem rejeita a Deus como Rei e entra nos trilhos da rebelião e independência. Vejamos.

“Estás velho, e teus filhos não andam nos teus caminhos; constitui-nos um rei sobre nós, para que nos governe, como o têm todas as nações. Porém essa palavra não agradou a Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos governe. Então Samuel orou ao Senhor. E o Senhor respondeu: Ouve a voz do povo em tudo que dizem, pois não rejeitaram a ti, mas a mim, PARA EU NÃO REINAR SOBRE ELES”. - 1 Sm 8:5-7.

Nesse tempo Israel tinha o Senhor como Deus e Rei. Eram os juízes que governavam sob a orientação divina. Uma Teocracia eficaz. O povo aproveitou de uma situação problemática para exigir um rei igual a todas as nações. Como leitor, percebo uma profunda esfera de rejeição nesse pequeno texto. Deus entristeceu-se por isto, e mais ainda por ver o homem tomar atitudes que iriam se voltar contra ele mesmo. A partir daí o Criador deixa de ser Rei, agora é só Deus e Saul é dado como rei. Tempos depois, por causa da idolatria e pecados Deus também é rejeitado como o Deus de Israel, e o povo vai cativo a Babilônia.

O outro texto é quando Pilatos está julgando Jesus e o apresenta à multidão:” Eis o vosso Rei. Mas eles gritaram: Fora! Fora! Crucifica-o! Perguntou-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso Rei? Responderam os principais sacerdotes: Não temos rei, senão César.” - Jo 19:14-16. Imagine o próprio Criador sendo blasfemado, injuriado e condenado por calúnias infundadas. Deus é muito paciente para tolerar toda essa afronta. Mas Ele tem propósitos eternos que são maiores que qualquer rejeição.

Diante disso é bom darmos uma checada e ver quem é Deus em nossas vidas. Ele é Deus e Rei? Apenas Deus? Nenhum nem outro?  Verdadeiramente crer é tê-lo como como Deus e Rei.   O governo de Cristo é maravilhoso e paradoxal: “Já não vos chamo mais de servos, mas de amigos”   –  Jo 15:15. Bom termos um Rei assim, não? Trata-nos como amigos. E: “Todo aquele que quiser tornar-se grande, seja vosso servo.” -  Mt 20:26. Jesus serviu como ninguém a humanidade, morreu para nos salvar. Ótimo ter um Rei exemplo de serviço e amigo.


Nossas atitudes no dia a dia mostram facilmente se estamos repetindo a história de Israel, ou se verdadeiramente  amamos o Criador. Mais que um Deus figurativo, ou nem isso, Jesus quer governar nossa vida por inteiro. Ser Deus e Rei.