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quinta-feira, 12 de junho de 2014

A OUSADIA DE UM CEGO

Jesus é o referencial da fé. Somente nele devemos apoiar nosso exercício de submissão, dependência e esperança. Ele é o alvo. E foi nele que Bartimeu, o Cego de Jericó, se arrojou e apostou tudo. Ouvindo que Jesus passava com a multidão, não hesitou em superar todos os obstáculos para alcançar o Mestre e ser curado. Esse é um exemplo audacioso de fé.

Não poder contemplar o pôr-do-sol, o mar, e tudo aquilo que a criação proporciona e a vista capta é frustrante. Ser deficiente visual também põe o homem na posição de dependente. Somando-se a isso, a narrativa Bíblica (Lc 18) nos diz que este cego estava à beira do caminho mendigando. Não ter a dignidade de produzir o próprio sustendo é mais um agravante dessa escuridão. Mas diz o ditado que “O pior cego é aquele que não quer ver.” Bartimeu viu o que os olhos naturais não alcançam. Viu em Jesus a sua cura; o retorno à plenitude da vida; o Messias esperado pelo mundo. Viu sua única oportunidade passando e a agarrou. Essa é a visão que agrada a Deus e nos traz salvação. Tira o homem da beira da estrada e o põe no centro da caminhada. Apesar de termos a perfeita visão, tem algum tipo de cegueira que nos tem colocado na escuridão? À beira do caminho? Às margens da multidão? Jesus dissipa as mais densas trevas.

Bartimeu imprimiu toda sua força para superar a multidão e alcançar a compaixão de Cristo. Não tinha visão, mas o que tinha foi o bastante para perceber que aquele era o seu momento. Usou a razão e o coração para crer que o homem de Nazaré era o Messias. Usou toda sua potência de voz: “FILHO DE DAVI, TEM COMPAIXÃO DE MIM!” Os que iam à frente o repreendiam para que se calasse. Gritava mais. Mesmo que os que estão na dianteira sintam-se incomodados por nossos gritos, não devemos calar. Jesus para tudo, e manda chamá-lo. O cego é atendido.

O Salvador, sempre com seus questionamentos inteligentes e irônicos, pergunta: “Que queres que eu te faça? Uma pergunta óbvia. Isso acontece muito na Bíblia. Após ter pecado e se escondido, foi perguntado a Adão: “Aonde estás?”  Em outro texto a Moisés: “O que tens nas mãos?” Esta obviedade é para que coloquemos para o Pai nossa expressão; nossa oração. Deus quer ouvir da nossa boca o ato de fé. Bartimeu responde aliviado e convicto: “QUERO VER!” Ao cego lhe faltava visão, mas usou o que tinha para expressar sua fé, e deu legalidade a cura: “A tua fé te salvou. Disse Jesus.” O passo de fé é condição sine qua non à engrenagem do milagre. Que pergunta óbvia Jesus nos faz hoje? O que temos respondido? Ele é capaz de parar uma multidão e nos atender em especial.

A partir daí, já não existi mais o Cego de Jericó, mas o novo Bartimeu; um discípulo com dignidade.  Um homem com a visão restabelecida e contemplando o próprio Jesus face a face. Logo após, passou a segui-lo e a multidão ficou maravilhada. Cristo quer tirar as trevas de nossa visão para que o vejamos nitidamente. Nos chama para segui-lo, e o mundo saberá da libertação que há em seu nome.

Se Jesus está passando, chame-o. Grite bem alto, mesmo que incomode multidões. Ele quer tirar as escamas dos olhos para que o veja.

PRECIOSO TESOURO


O homem sempre almeja o melhor para si. Vive pra isso. Procurar coisas excelentes e valiosas é para pessoas especiais, exímios caçadores. Descobrir um tesouro é maravilhoso e a vontade é de compartilhar a novidade a todos.  Claro que com cautela para não ser furtado.  Guarda-se em segredo e o esconde. Temos procurado por coisas valiosas, excelentes? O que conhecemos da arte de caçar tesouros? O que consideramos de alto valor? O que é o nosso tesouro?

O evangelho de João, cap. 1, nos fala de André,  um homem que estava a busca de um grande tesouro e o encontrou: Jesus,  o Messias tão aguardado por sua nação. Ele foi um dos primeiros a vê-lo  e tornar-se seu discípulo. Foi assim porque já acompanhava João Batista,  o precursor do Cristo, o profeta que veio preparar a chegada do Salvador e que o indicou: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!"  André o seguiu. Descobriu onde Jesus morava e logo compartilhou o maravilhoso achado com seu irmão Simão. Esse é o tesouro que brilha mais forte e se multiplica quando é dividido. Seu valor aumenta.

Jesus viu Simão e disse-lhe: "Tu és Simão,  mas serás chamado Pedro." Na Bíblia,  quando Deus troca o nome de alguém é um símbolo  de uma profunda mudança, um novo tempo, uma nova vida em comunhão com o Criador. Eis o principal valor desse tesouro: O poder de transformar vidas.
Jesus é o grande tesouro enviado dos céus. Nele está toda a revelação dos mistérios do Reino de Deus. O que estava oculto, em Cristo é revelado. A diferença desse tesouro é que ele não pode ser ocultado. Quanto mais se compartilha mais brilha e maior é seu valor. Se o guardamos para si,  se o ocultarmos ele será ofuscado e então de nós será requerido.

A bíblia diz: "Aonde está teu coração ai está teu tesouro." Aquilo que mais nos dedicamos,  que mais amamos, que mais investimos tempo, esforço e dinheiro revela o nosso tesouro. Aonde está o nosso coração?  No trabalho?  Em pessoas? Filhos?  Ídolos? Se invertermos prioridades sucumbiremos naquilo que é fugaz e sem valor eterno. Continuaremos numa amarga pobreza.

Se já achou o bem mais preciso da vida, cuide dele. Compartilhe-o ao máximo. Aplique a "Operação André": Levar a Cristo muitos "Simões" para que, também descobrindo o tesouro,  transformem-se em "Pedros" e sejam ricos para com Deus.