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terça-feira, 13 de maio de 2014

O “NÃO TEMAS!” AO CHAMADO

Em Deus, há uma missão específica para cada um. Em Lucas 5, Pedro tem um chamado direto, e vendo o Filho de Deus, o Salvador do mundo em ação, estremece. Reagiu assim por reconhecer em si um pobre pecador. Não merecedor do esperado Messias no seu barco. O rude pescador é chamado, temeu, e Jesus fala ao seu coração: “Não temas! Doravante serás pescador de homens.”

Após uma noite de labuta, sem ter nada apanhado, Jesus entra no barco e diz a Pedro: “Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar. Ele responde: Nada apanhamos, mas sob tua palavra lançarei as redes.” A pesca foi abundante. A quantidade de peixes tão grande, que tiveram que chamar outro barco para socorre-los. Quase foram a pique. Foi tão maravilhoso, que esses pescadores ficaram aterrorizados. Pedro, não se achando digno de ter Jesus no seu barco, é ministrado por o “Não temas!”

O lugar onde pescavam era o lago de Genezaré. Também chamado Mar de Tiberíades. A ordem foi para pescar novamente, e no “mar alto”. Podemos ser direcionados por Deus para labutar ao longe, independente de termos nos fatigado a “noite toda”. Deus quer fazer transbordar nosso barco. Derramar seu poder e milagres em nossa vida. Nos surpreender. Isso pode nos deixar espantados por não sermos dignos, mas é Ele que nos chama e capacita.

É maravilhoso saber que Ele não só nos resgata do Império das Trevas, como nos lava e nos põe como pescadores. “Não temas! Doravante serás pescador de homens” O mar é o mundo, os peixes são os homens, nós somos os pregadores do Reino. Deus nos dará uma direção específica, uma palavra, sob a qual nos lançaremos em alto mar. Dará um belo barco. O material específico para cada tipo de pesca, e companheiros irmãos. Homens do mar. Temos pela frente uma pesca magnífica, com quantidade e qualidade. Chegou um tempo novo e significativo.

“E arrastando eles o barco sobre a praia, deixaram tudo e o seguiram.” O antigo barco foi abandonado. Ficou para trás a velha labuta. Vazia e fatigante. Nasceu um projeto do coração de Deus. O cobiçado peixe agora é aquele que é “sua imagem e semelhança”. Ele nos ensinará a fabulosa arte de envolver homens com cordas de amor. Essa é a grande paixão de Deus. Não temas!


O “NÃO TEMAS!” À MORTE

Contemplando à morte, nosso interior entra em erupção. Abre-se uma fenda no chão da existência. Os piores flagelos da humanidade foram tratados por Jesus em seu ministério rumo a cruz. Ele até ressuscitou mortos. No Evangelho de Lucas, 8, Jairo, um líder de uma sinagoga, prostra-se aos pés de Cristo pedindo-lhe que fosse ao encontro de sua única filha que estava à morte. Lá é ministrado o “Não temas!” ao seu coração, recebe sua criança de volta e toda a multidão fica maravilhada. Hoje não é diferente, nosso Deus não muda. Ele tem a mesma ministração e poder a tudo aquilo que já está sendo lacrado pelo último prego no caixão.

No meio da multidão eufórica e competitiva, este pai, Jairo, um líder Judeu, humilha-se a Cristo pedindo por sua filha. Como ele, devemos ter uma fé que se materializa-se em ações. Apesar de ser um líder, e possivelmente rico, Jairo a isso desconsidera, colocando-se como impotente e carente do Senhor. Jesus vai a sua casa.

Em direção à sua casa, com toda aquela multidão, a difícil caminhada é interrompida. Jesus para e atende uma mulher também com uma doença de morte. Cria-se um vácuo que gera um suspense. Uma teste ao coração de Jairo. Imagine-o quando vê interrompida a ida de Jesus ao socorro de sua filha. Às vezes nos encontramos assim. Com uma promessa de Deus para nos socorrer, mas o tempo para. O processo é estancado. Vemos outros recebendo os seus milagres. Fomos esquecidos. Nesse ínterim, a notícia chega: “Tua filha já está morta, não incomodes mais o mestre.”

Porque Deus não chegou a tempo de evitar a morte? Ele mesmo deu sua palavra de visitação ao impossível. O mundo diz que o sonho já se foi. Só falta agora colocá-lo a sete palmos. Deus não cumpriu seu dito. Percebemos o espírito das pessoas: “Não incomodes mais! Chega! Desista!” Mas Deus não esqueceu. Não cai por terra nenhuma letra de sua palavra. Ele apenas deixou avolumar-se o problema para que o milagre fosse maior. Para que nossa fé seja provada e amadurecida. No minuto final, no apagar das possibilidades humanas, quando o inferno começa a preparar os fogos, chega a surpresa. Nem cedo nem tarde, mas na plenitude de sua vontade. Jesus diz ao coração aflito e turbulento: “Não temas! Crê somente, e ela será salva.”

Quando o terror bate a nossa porta, a desesperança, o impossível; quando a escuridão sobrepuja a luz, o Rei dos Corações lança sua palavra de consolo e fé. Crer faz oposição ao temer, e é só o que nos é pedido. O mais pertence ao Senhor dos Impossíveis. Com os seus mais chegados discípulos, Pedro, Tiago e João, Jesus entra na casa acompanhado somente dos pais. Exclui toda multidão para dizer que nosso tempo a sós e especial chegou. Ele diz: “Não chores! Ela não está morta, mas dorme.”

Junto com o “Não temas!”, vem o “Não chores!”. Ele conforta o nosso coração e enxuga nossas lágrimas. Diz para tudo aquilo já putrificado: “apenas dorme”. O que pode estar morto para o homem, nas mãos maravilhosas de Deus é apenas um profundo sono, e com uma simples ordem desperta-se. Jesus falou que a menina apenas dormia, e diz o texto que riram. Rir é a resposta da incrédula carne. Esse riso transformar-se-á em choro de vergonha quando a glória de Deus manifestar-se. O texto continua: “Jesus a toma pela mão e ordena em alta voz: Levanta-te!”

Deus toma nossas dores com sua própria mão e ordena em alta voz: “Levanta-te!” Mesmo se rirmos no interior da incredulidade, Ele é misericordioso, põe sua majestosa destra no poço da desesperança e nos socorre. A potente voz do todo-Poderoso é liberada num alto estrondo de ordem para que haja ressurreição e todo o inferno estremece. Todos vão ver e ouvir teu milagre. Todo falido corpo, todos os órgãos, membros, articulações, visão e sua beleza serão vivificados e reorganizados. A singela criança, filha única, alegria do lar, foi restituída. Deus nos restitui tudo aquilo de maravilhoso e único que perdemos. Nos devolve o sorriso. Basta crer.

O final, verso 56, diz que seus pais ficaram maravilhados. Deus nos surpreende e quer que fiquemos de queixo caído com sua bondade. Isso nos prepara em fé para os dias maus que possam vir. Nos habilita a crer que Jesus veio ao mundo, morreu, ressuscitou e está assentado a destra do Poderoso. Prepara nosso coração para esperar a Grande Ressurreição dos últimos dias. Quando o assunto for morte, e nos intimidarem com ela, não esqueça o “Não temas!” especial do Mestre para o fim que aguarda a todos os homens. Ele venceu a morte de todas as formas.

Disse Jesus: “Eu sou a ressureição e a vida. Quem crer em mim, ainda que esteja morto viverá.” João 11:25

FÉ EXCELENTE

Atitudes de excelência para com Deus e o próximo tornam a vida bela e completa. Harmonizam o universo.Para isso
fomos projetados, e o Criador está sempre na expectativa de ver manifestar-se nosso potencial, pois somos sua “imagem e semelhança”.  No Evangelho de Lucas, cap. 7, é narrado uma atitude de fé de um centurião romano que deixa Jesus maravilhado.

O servo desse centurião, a quem ele muito amava, estava doente, e tendo ouvido falar acerca do Messias, enviou mensageiros para que viesse curá-lo. Quando Jesus estava a caminho, ele manda dizer que não era digno de recebê-lo em sua casa, mas que, de lá mesmo ordenasse a cura. Falou que é um homem de autoridade, como Jesus, e de longe dá ordens e são cumpridas. Diz o texto que Cristo ficou maravilhado com essa atitude. E tudo aconteceu segundo a fé desse romano. Seu amado servo foi restabelecido a distância. Isso é fé excelente.

Jesus afirmou para todos os que o acompanhavam: “nem mesmo em Israel vi fé como esta.” Não foi a condição de ser do alto escalão romano, ou ser amigo do povo judeu, e nem mesmo ter construído uma sinagoga para eles. Como nos diz a narração. Mas uma atitude de intercessão pelo próximo de alto nível. Essa foi uma dura observação. Israel, a nação da fé e do conhecimento do Altíssimo. Lugar geográfico especial escolhido para as revelações ao mundo. O povo que deveria ser referência é constrangido por um exemplo de fora. Por um gentil.

Semelhante a este caso temos a mulher Sírio-fenícia, a samaritana e muitos outros. Não é por acaso que esses fatos são comuns na Bíblia. Deus quer nos advertir.  Não existe um clubinho fechado dos amigos de Deus. Não há uma carteirinha “elite do céu” de acesso vip. Toda herança religiosa, conhecimento e experiência, desacompanhado da fé é somente esterco. Deus não é refém de castelo religioso. Não procura status, mas homens e mulheres com excelência na fé.

Podemos ter uma longa caminhada na estrada do evangelho. Ser amigo de influentes religiosos, e termos um histórico de sacrifícios, mas “sem fé é impossível agradar a Deus” Hb 11. Aprendamos com o capitão romano. O exemplo do estranho no ninho. Para que não seja preciso passar por constrangimentos de tantos que nos rodeiam que são ignorantes na fé, mas que por um só momento, ouça falar do Salvador e o deixe maravilhado. Que tudo aquilo que adquirimos na caminhada com Cristo não se torne armadilha, e enrijeça nossa resposta aos desafios de uma vida com Deus em comunidade.



NÃO CHORES! PARE O VELÓRIO

A morte é algo sub-humano. Há no homem uma incompatibilidade com a interrupção da vida. Algo fora da programação. Contemplando o fim, nosso interior entra em erupção. Abre-se uma fenda no chão da existência. No Evangelho de Lucas, cap. 7, uma viúva, perde o seu único filho. Insuportável. Toda cidade a acompanha numa fúnebre procissão silenciosa e incapaz. Eis que surge outra procissão, antagônica, a multidão da alegria, que tem como ícone Jesus, o Salvador. Ele ordena: “Não chores! Pare o velório.” Nesse embate, andarilhos versos peregrinos da luz, a esperança prevalece. Este foi o extraordinário velório que transformara-se na festa da ressurreição. Único. Uma lição ímpar de consolo e esperança a um indomável coração.
É inusitado o encontro entre a multidão da alegria e a multidão da tristeza e morte. Isso nos traz a memória que a vida um dia pode ser festa, e logo em seguida uma caminhada rumo ao sepultamento. Esse embate,
vida vs morte, rotineiramente nos rodeia. Um telejornal que assistimos, uma ente familiar que se vai, uma criança que vem ao mundo, a doença que nos surpreende, tudo isso nos alerta no dia a dia. Salomão, em Eclesiastes 7, nos adverte que a sabedoria se encontra na casa do luto, porque é lá que encontramos o fim de todos os homens. Isso nos convoca a amadurecermos e buscarmos esperança em Deus. A estar de prontidão para O Dia. Jesus está na comissão de frente desse povo preparado para ordenar vida.
Diz o texto que o Salvador se compadeceu da viúva. Ordenou que tudo parasse, tocou a esquife e disse ao defunto: levanta-te. Diante da falência do futuro, de perdas insubstituíveis, da conformidade com o apagar da luzes, prestes a lançar a sete palmos o último motivo de alegria, surge a esperança no Nome. Ele não esquece de nós, conhece a dor de nossas perdas, vem caminhando com uma multidão festiva ao nosso encontro. Vem ministrar ao nosso abatido espírito: Não chores! Não temas! Vem ordenar vida. Ressuscitar defuntos em cortejo. Estancar a hemorragia da morte. No verso 15 fala que Ele restituiu o filho a sua mãe. Em Deus há toda restituição daquilo que se esvaiu pelas mãos. Basta crer.
Esta morte e ressurreição desse filho único é uma prévia tipologia do sacrifício por vir do próprio Redentor. Adentrando no texto, no sofrimento da mãe, na dor da perda e rendição, percebemos um pouco da renúncia e sacrifício que foi a paixão de Cristo para Deus Pai. Não há Deus semelhante. Conhece nossas dores porque a todas sofreu. NEle encontramos a luz na grande caminhada, por vezes escura e dolorosa. Não chores! Pare o seu velório. Jesus está a caminho.


terça-feira, 6 de maio de 2014

QUEDA E RESTAURAÇÃO DE PEDRO

O choro amargo do arrependimento
A negação de Pedro ao Cristo - Mt 26:69-75 - é um dos episódios mais populares da Bíblia. O apóstolo, após prometer que de forma alguma abandonaria o Mestre, que daria a vida por Ele, de repente se encontra, alertado por um galo, vendo o quão infiel é. A Escrituras Sagradas não omitem os grandes absurdos cometidos por seus expoentes personagens simplesmente para mostrar a grande misericórdia do Altíssimo. Nossas palavras, ou atitudes, tem repetido essas mesmas negativas? Como encontrar restauração em Deus para nossas intempéries? Vejamos o que se pode tirar de bom desse infeliz acontecimento.
Negar conhecer um amigo, e principalmente o Salvador do mundo, é algo que devemos rechaçar enquanto pessoas da verdade, com hombridade e caráter. Negar aquele que devemos amar acima de todos é um caminho à escuridão. Mesmo sendo alertado por Jesus, o grande apóstolo o negou três vezes. Podemos tipificar Pedro como o ser-humano, que repetidamente nega o seu Criador. Suas negativas parecem ascender progressivamente na escala do pecado, da blasfêmia. As três vezes também indicam quão reiterados e obstinados somos na desobediência.
Quando Pedro é indagado sobre sua identidade em Cristo, ele de forma esperta, se faz de desentendido: “Não sei o que dizes!” - verso 70. É assim que costumamos fazer nas nossas negativas: tolos desenformados; bobinhos; inocentes. Não necessariamente na literalidade, mas nossas atitudes revelam o quanto agimos assim, com o desdém do desenformado: “Não sei!” Passamos ao largo. Transitamos para neutralidade e nos alienamos do compromisso.
A segunda negativa, por insistência de um mundo que nos pressiona, é clara e objetiva: “Não conheço tal homem!” - v. 72. Mais uma vez, insisto em dizer que não é a literalidade que nos faz necessariamente negarmos. Muitas vezes não verbalizamos, mas nossas atitudes transmitem uma linguagem límpida e universal. Seja por ação ou omissão. Quando não observamos os mandamentos, a Palavra, aquilo que agrada o coração de Deus, o desprezamos com todas as letras da alma.
Diz o texto, verso 74, “começou a praguejar e a jurar: Não conheço este homem! E imediatamente o galo cantou.” Por fim, chegou ao ponto máximo: “praguejou e jurou”. Esse foi o ápice da progressão do seu pecado. Essa repetição, obstinação, o leva a bordear a blasfêmia. Como Pedro, “o líder falastrão”, achamos que somos os tais em fidelidade e serviço. Andamos na corda bamba das frases honrosas de efeito vazio. Boca que honra, mas logo, com um vento qualquer, o nega.
Nas madrugadas do pecado, sempre haverá um galo de prontidão para explanar nos lugares altos o cântico do covarde. A consciência, os amigos, sonhos, o Espírito de Deus, circunstâncias estão aí, para alertar o nosso desprezo ao Criador. Cabe a nós dar ouvidos aos “galos”, e sair como Pedro, “chorando amargamente” - verso 75. Ainda nos resta essa atitude honrosa. Comparando com Judas, essa foi a diferença, um choro amargo de arrependimento, enquanto que o Traidor ficou só no remorso, e se enforcou.
Após ter ressuscitado, Jesus encontra-se com aquele que o negou, e por três vezes pergunta se ele o ama (João 21:15-17). Pedro tem a oportunidade de afirmar que o ama tantas vezes quanto o negou. O Mestre, sábio e humildemente, ainda pede três vezes para seu discípulo: “Apascenta minhas ovelhas”. Com essa ministração de amor e oportunidade, Deus nos socorre nos tropeços, e nos põe em pé para uma nova caminhada numa estrada intacta. Diante do pecado, nosso Amado procura um choro amargo e profundo para ministrar cura e restauração. Não hesite em derramar lágrimas de arrependimento na presença do Pai se for necessário.
“Um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (Sl 51:17).
Deus abençoe!