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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Por que choras?

O choro é o escape inteligente do corpo e da alma para os pesares que por vezes assolam a vida. Quando os sonhos, projetos, anseios, são frustrados, quando a dor física nos alcança, é bom liberar as comportas da alma, derramar as lágrimas possíveis ante nosso Deus e Pai.

Em João 20, Maria Madalena, discípula de Cristo, frente a sua morte e sepultamento, ao aparente fracasso na cruz, e agora com o 'sumiço' do cadáver, agonizou o pranto do túmulo vazio. Surpreendentemente anjos aparecem para alertá-la: "Por que choras?" Ela pensa ser os responsáveis pelo desaparecimento do corpo. Como se não bastasse, o próprio Jesus, bem ao lado dela, ressurreto, a surpreende novamente: "Porque choras?" Também não percebe quem fala. Pensa ser o jardineiro.

Temos perdido as esperanças porque as promessas de Cristo parecem estar sepultadas, mortas e roubadas? Ouvimos mas não discernimos Deus enviando mensageiros? Nossa mente está confusa e não percebemos Cristo ressurreto ao nosso lado? Maria Madalena, mesmo tendo caminhado com o Mestre, visto seus milagres e ouvido sua palavra, sendo uma crente experiente, pranteou a derrota ao lado do Cristo glorificado. Nos sentimos derrotados por causa de aparentes fracassos de Deus? Jesus nos foi roubado? Sumiu? O que dizer de sua palavra que iria ressurgir? Suas promessas? Deus não é o Deus do seu milagre? Ele não ressuscita o que possa estar morto e sepultado? Até os dias atuais o túmulo de Jesus está vazio. Ele venceu a morte e levantará do sepulcro tudo que foi perdido e roubado se crermos.

Por fim, Jesus fala: "Maria!" Ela o reconhece. Deus nos chama pelo nome e discernimos a sua voz inconfundível. Assim contemplaremos face a face o Filho de Deus, fiel e vitorioso, e as nossas lágrimas agora serão de transbordante alegria.

JESUS VIVE!

domingo, 19 de outubro de 2014

GUERRA A MALCO


No princípio da paixão de Cristo, sua traição e prisão no Jardim do Getsêmani, Pedro tenta livrá-lo desse doloroso cálice preparado pelo Pai. O apóstolo tempestivo puxa sua espada para defendê-lo e corta a orelha de Malco, servo do sumo sacerdote Caifás. Jesus o repreende, e milagrosamente repõe a orelha do guarda, e estanca um derramar de sangue sobre os apóstolos. Estamos equivocados como Pedro, defendendo um evangelho sem a cruz? Estamos nós guerreando contra “carne ou sangue” e com espada de homens? Quem ou o quê é o “Malco” que temos arrancado orelhas?

O jardim do Getsêmani era o local de comunhão com os discípulos onde buscavam a presença do Pai. E foi lá, com seus amigos íntimos, que Cristo foi traído e preso. Doloroso. O texto, em João 18, nos informa que Jesus já sabia dos fatos que iriam lhe acometer, tanto que se adiantou em entregar-se e livrar os seus. “Não perdi nenhum dos que me destes.” ( v 9 -  A.T.). Jesus tinha por objetivo cumprir essa profecia, e conteve o combate iniciado por Pedro.

Não há como viver o evangelho só do jardim, de amigos, da presença de Deus. O evangelho completo tem a cruz, e ela alcançará o "Getsêmani". Tem aquele amigo íntimo que nos trai por algumas moedas. Tem o falastrão bem intencionado que quer nos tirar do foco da vontade pré-estabelecida do Pai. Tem o poder temporal com suas armas de guerra para nos arrastar à cruz. Pode ser que essa cruz não chegue a literalidade, mas é real por que o mundo é inimigo de Deus, e nós não pertencemos a ele.

Pedro, manipulado novamente pelo diabo para tentar impedir o Calvário de Cristo, usando da espada, botou a vida de todos em risco. Ele tinha uma espada! É esse o que se “sobressaia” no meio dos outros. Jesus já estava no final de seu ministério e jurado de morte, Pedro se prepara com uma espada escondida. Como discípulos, temos vivido tempos difíceis e juras de ódio estão sobre nós por causa do Nome. Depositamos confiança em “espadas” escondidas? Não confiamos no Mestre, que disse que nenhum de nós se perderia? A resposta de Jesus foi: “Mete a espada na bainha!

A força humana, aqueles que confias, as tuas “espadas”, por mais bem forjadas que sejam, dois gumes, afiadas e eficientes, poderão se voltar contra ti e teus companheiros. Não queira ferir “Malco”, e provocar a ira de Caifás. Troque a espada do homem pela espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, mais cortante que qualquer espada de dois gumes. Não sejas neófito como o foi Pedro.

O evento termina dizendo que Jesus foi preso, manietado e conduzido aos poderosos deste mundo. Ele foi julgado, condenado e morto. Ele ressuscitou, venceu a morte e hoje nós temos livre acesso ao Pai. Cumpriu-se a profecia. O sangue derramado do Justo fez brotar o caminho da paz para todos. A partir de nossa dor, renuncia, de nossa Cruz, Deus abrirá caminhos de salvação a muitos.

Profetas do Antigo Testamento foram martirizados. João Batista foi degolado e sua cabeça servida em uma bandeja. A maioria dos apóstolos foram assassinados. Pedro, segundo a tradição, foi crucificado de cabeça para baixo por não se achar digno de morrer semelhante ao seu Mestre. E você? Sua cruz é real e profética, carregue-a até o fim. Renda-se como Jesus: uma ovelha muda ao matadouro. Baixe sua espada diante de “Malco”. Cumpra a profecia: “Já estou crucificado com Cristo...” – Gl 2:20. A sua guerra é outra!

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

3x Graça


Logo após a desobediência do homem no paraíso, Deus demostra sua eterna e maravilhosa graça. Ele procura Adão, o acha e por três vezes lhe dá oportunidade de arrepender-se. Por igual vezes Adão rejeita. Não reconhece, não arrepende-se, e o pior, a culpa cai em Eva, segue para serpente e acaba em Deus. Já viu este filme? Alguma semelhança conosco? Temos errado e não procuramos restauração? Transferimos responsabilidades? Desprezamos repetidamente a graça do Criador? Precisamos reconhecer o Adão que vive em nós.

“ONDE ESTÁS? foi a primeira oportunidade que Deus deu quando achou Adão. Deus é onisciente, mas fez essa pergunta para abrir o caminho do diálogo. Deus o visitava nos fins das tardes, mas agora tem que procurá-lo. Acabou a comunhão. Aonde nós também temos andado? O que temos feito por aí? Com quem nos encontramos no final das tardes? Adão é achado e diz: “Ouvi tua voz no jardim, tive medo porque estava nu e me escondi.” É fazer o que quer e pensar em permanecer no jardim, mesmo nu, com medo e escondido. Não há como, o “onde estás?" nos alcançará. A Deus pertence o jardim e o pecado não habita nele.

“QUEM TE FEZ SABER QUE ESTAVAS NU? COMESTE DA ÁRVORE? ” foi a segunda pergunta. Quando Deus fez o homem ele vivia nu e não se envergonhava. Agora, a diferença não é a nudez, ela continua a mesma, mas são as intenções. Quem, ou o que fez Adão ter vergonha? O conhecimento do mal, que vem com o pecado. Ele nos deixa envergonhados, nus diante de Deus no seu jardim. Quando criança éramos puros e não havia maldade. Com o pecado vem o conhecimento do mal e a vergonha. O diabo e o mundo tentam aflorar em nós o saber maligno. Deus vê todas as coisas, não somente a nudez do corpo, mas a “nudez” mais profunda do ser. Você fica constrangido da sua nudez diante dEle? Deus purifica o coração e a mente. 

A  resposta de Adão foi: “A mulher que me deste como esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.” Ele foi covarde em não assumir sua culpa, e a transferiu para mulher. Note que nas entrelinhas ele jogou responsabilidade para quem deu a mulher para ele: Deus. Não devemos transferir culpas. Além de covardia, elas impedem o quebrantamento e sobem aos céus. O destino final de toda murmuração é a habitação de Deus.

“QUE É ISSO QUE FIZESTE?” foi a  terceira cartada de misericórdia. Ela foi dirigida a Eva que repetiu a mesma atitude do marido: transferiu responsabilidade. Botar culpa na serpente, no diabo, é uma fuga grotesca e recorrente. É o que temos visto muito por aí no cotidiano. Como a Bíblia é atual!

A Bíblia diz – Is 6:3 e Ap 4:8b - que os anjos de Deus proclamam sem cessar: “Santo, santo, santo...”  Ele é o “três vezes Santo”. Esta tríplice repetição remete ao infinito. Deus é eternamente santo. Outra vez: Pedro nega Jesus três vezes e quando ele ressuscita, também por três vezes Cristo ministra ao seu coração: “Pedro, tu me amas?”  Esse é o eterno amor do Deus trino. Pedro é restaurado. No Éden são dadas três oportunidades. Hoje, agora, quantas você precisa? Essa é a longânima graça do Pai.

O Criador te aguarda ao pôr-do-sol no jardim. Apareça!

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O MEU ÉDEN



Antes de criar o homem, Deus providenciou todas as condições necessárias no nosso planeta para sua habitação. Além disso, fez um lugar especial para sua moradia e bem estar: o Jardim do Éden. Éden é o lar, lugar de paz, família, trabalho, prosperidade e presença do Pai. Lá também é o  principal alvo do Diabo porque destruir a criatura é a única forma de atingir Deus. Éden torna-se lugar de provação. Hoje, em nossas vidas, no nosso contexto, como está a nossa moradia, o nosso “Éden”? Como está o lugar de visitação de Deus? O diabo tem tido sucesso na destruição do paraíso que Deus nos confiou? Ele tem destruído teu relacionamento com o Pai? Qual o sábio conselho para que não sejamos enganados pela serpente e expulsos do lar? Vejamos.

Deus é rico em misericórdia e tem nos abençoado com muitas dádivas. Assim como na criação, Ele providencia tudo para que vivamos e prosperemos em família, em comunidade, no trabalho etc. Além disso, Ele tem nos dado a vida em comunhão com os irmãos, a igreja, lugar onde Jesus é o cabeça, e o Espírito Santo nos edifica. Tudo isso tem sido o nosso habitat, o nosso lar, o nosso “Éden”. Como temos cuidado desse lugar? Nossas atitudes, comportamento, ações tem definido o quanto valorizamos ou não essa moradia e Aquele que a criou e nos deu para cuidarmos. Se temos sido desobedientes as normas, aos mandamentos, comido o fruto das árvores não permitidas, temos quebrado a aliança com o Pai e já não somos dignos de permanecer nesse jardim. Temos desprezados o final de tarde na companhia do Pai. Tentamos nos esconder a semelhança de Adão mas o nosso pecado nos acha.

Deus nos criou para sermos livres como Ele o é, e um ser livre é autônomo nas suas escolhas. No jardim foi mostrado a Adão os dois caminhos: a árvore da vida, e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Esta, disse Deus para não tocá-la para que não morresse. O diabo veio com sua astúcia, a começar por Eva e enganou a ambos. Os dois caminhos se apresentam de forma diferente hoje. Temos que fazer escolhas todos os dias. O tentador com sua velha tática de camuflar-se nos outros, nos amigos ou naqueles mais próximos ainda, tenta nos influenciar mas definitivamente o poder da escolha, da decisão é do homem. Não há desculpa. Influência não é obrigação. Adão foi covarde ao transferir a culpa para mulher que também transferiu para serpente. Como você tem reagido diante das escolhas, das tentações? Qual dos dois caminhos você tem escolhido? O mundo, os desejos errados de nossa carne e o Diabo tem tentado destruir o seu “Éden”. Deus nos assiste e torce para que nossas decisões sejam acertadas, mas cabe a nós resistir para herdarmos o jardim.

Para alcançar a vitória temos a maior referência de perseverança e obediência: Jesus. Os evangelhos falam que Cristo foi levado ao deserto para ser tentado pelo diabo. Lá foi colocado em xeque o seu “Éden”, mas Ele resistiu. Venceu a fome, a glória humana e tudo mais que lhe foi oferecido. Quando no Jardim do Getsêmani com os seus discípulos e em comunhão com o Pai, antes de ser traído e crucificado, novamente satanás tenta desviá-lo através do apóstolo traidor, Judas. Cristo permaneceu no seu propósito e não barganhou o seu “Jardim”. Foi fiel até o fim, e fim de cruz. Jesus é o referencial de fé e comportamento. Somos seus discípulos.  Temos que imitá-lo. Perseverar até o fim e herdar a vida eterna. Um dos seus últimos conselhos foi: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.”

Jesus, em João 14, anunciando sua morte, conforta o nosso coração dizendo que irá para casa do Pai, mas irá preparar lugar para que onde Ele estiver estejamos nós também. Deus tem uma grande mansão com muitas moradas e lá estará o seu Filho como o anfitrião, o irmão mais velho. Ele, mais do que ninguém, tem grandes expectativas na nossa vitória para que habitemos eternamente em sua presença num novo mundo. Um novo e eterno jardim. 

NU, COM MEDO E ESCONDIDO

Deus encontrava-se regularmente com o homem sempre no final da tarde no Jardim do Éden. Certo dia Ele demorou a achá-lo e quando perguntava “Onde estás?” Adão respondeu: “Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo e me escondi.” Nudez, medo e fuga são frutos da transgressão da lei, do pecado. Aonde nós temos andado nos fins de tarde? Com quem nos encontramos lá? Você tem ouvido a doce voz de Deus te procurando no jardim? Se o ouves, o que tens respondido? Ou tentas esconder-te da presença do Pai? Muitos estão como Adão: nu, com medo e escondido.

A NUDEZ...
O início de Gênesis nos fala que o homem e sua mulher viviam nus sem nenhum constrangimento, e logo em seguida relata a ocasião da queda nos dizendo que eles passaram a ter vergonha. O conhecimento do mal surgiu por comerem do fruto da árvore que Deus os tinha proibido. A nudez era natural, simples e sem maldade mas surge a malícia. A diferença agora é a impureza no olhar, no coração. A percepção continua a mesma mas mudam as intenções. Adão responde que se escondeu com medo porque estava nu.

Deus vê todas as coisas e estamos nus perante a sua face. Não falo simplesmente da nudez do corpo, mas a nudez da vergonha do pecado. Não há vestimenta ou lugar que nos esconda. Deus vê as intenções mais profundas do ser. Existem algumas que nem nós discernimos. Nosso coração pulsa transparente em suas mãos. Podemos enganar um tribunal, um juiz, mas ao Supremo Juiz de toda terra nada escapa. Nos evangelhos, Jesus nos aconselha a entrarmos no quarto a sós com o Pai e fazermos a nossa oração. Lá estamos desnudos e não há espaço para mentira ou hipocrisia. Lá nossos pensamentos são projetados num imenso telão diante de um só espectador.  Esse é o lugar da verdade, da cura e restauração.

O MEDO...
O desobediência é fruto de um coração independente, rebelde. Ela causa separação, distanciamento e vazio existencial. A consciência dá um alerta de perigo porque depois da transgressão vem a prestação de contas. Deus é Juiz e não pode negar o seu caráter. Adão, antes com temor e respeito, passa a ter medo de Deus. Como está a nossa consciência a partir de nossas atitudes diante dAquele que tudo vê? A Bíblia nos diz que “O amor lança fora todo medo”, e “Deus é amor”. Se o procurarmos em tempo, Ele perdoa e limpa nosso coração de todo pecado e nos dá tranquilidade e confiança para habitarmos seguros no caminho da paz. No seu jardim.

A FUGA...
Após o pecado, Adão tentou fugir da presença do Senhor, esconder-se entre as árvores, mas um encontro com Deus foi inevitável. O homem transgride e ainda quer usufruir do jardim e suas benesses. Desfrutar da criação. Deus é o Criador e tudo lhe pertence, e não há espaço para o pecado na sua moradia. Podemos estar escondidos, bem camuflados, atrás de uma grande árvore, mas logo logo o “Onde estás?” soará forte. O que responderemos ao que caminha entre as árvores? Não há como esconder-se por muito tempo. Eles foram expulsos do belo jardim e herdaram a morte.


Se temos transgredido as leis do Senhor, o sábio conselho é procurar Jesus no jardim. Adiantar-se no processo. O coração quebrantado achará perdão. O fim de tarde, o por-do-sol é um grande convite a céu aberto nos chamando à presença do Pai. Deus nos espera lá com o fruto da árvore da vida em suas mãos. Não hesite! Há esperança no Jardim do Senhor.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

VIDA ETERNA


Contemplar a morte, e principalmente de um ente querido, é uma das piores dores. Ver o findar da própria vida, os últimos dias não é nada fácil. Há no inconsciente o desejo e a sensação de eternidade, mas a morte reina e é uma das poucas certezas que carregamos.  Explicar e resolver essa obscura questão é um dos principais motivos da religião existir. Como obter a tão almejada salvação? Como conseguir a vida eterna? O que você pensa sobre a morte? Você achou uma solução para essa vital questão? Ela é verdadeira? Vejamos uma pequena simplificação que Jesus dá sobre esse assunto tão complexo.

Em João 17, nos seus últimos momentos antes da crucificação, Cristo fez a tão conhecida oração sacerdotal de intercessão por seus discípulos. Bem logo no início, no verso 3,  Ele faz uma breve e simples alusão ao nosso tema: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” Um assunto tão complexo, místico e polêmico, o Mestre o sintetiza em uma coisa só: conhecer a Deus.

Conhecer o verdadeiro Deus e o seu Messias é condição sine qua non à salvação. É ter Deus Pai, o Jeová de Israel, único Deus verdadeiro, e Jesus, o Messias esperado que veio ao mundo para nos salvar como a revelação dos céus ao homem. Mas isso não se limita simplesmente um conhecimento intelectual. A bíblia diz que Satanás crer e estremesse, e isso não o salva, nem ele nem aqueles que tem consciência que Jesus é o Cristo mas não o seguem. Pelo contexto, o conhecimento que Jesus fala não é só o da razão, mas o que desce ao coração, aquele que nos faz amigos de Deus.

Conhecer alguém implica saber seu nome, seu caráter, onde mora, o que faz, o que quer etc. Conhecer a Deus é andar com Ele, ser seu amigo, fazer parte do seu Reino. A eternidade é algo secundário. É consequência. Se escolhemos buscá-lo, conhecê-lo, serví-lo, naturalmente obteremos a imortalidade, porque Ele é imortal e eterno.

Várias vezes Jesus fala de condições para a vida eterna: crer, nascer de novo, recebê-lo etc, mas aqui, no final de seu ministério, Ele vai além da teologia, da religiosidade, do ritualismo. Fala de intimidade, de amizade, de conhecimento, de união com o Pai e o Filho: “Como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós.”  - v. 21. É algo semelhante a Jó no final de todo o seu sofrimento: “Antes eu te conhecia de ouvir falar, mas agora os meus olhos ti veem.” Jó 42:5.

É simples assim. Basta invocá-lo para conhecê-lo e adentrar no seu mundo sem fim. O contrário disso, omitir-se, ignorá-lo, ou até mesmo combatê-lo resulta na lógica inversa: a morte. Eis aí os dois caminhos. A simples omissão a esse conhecimento, a essa busca, determina a condição de perdição eterna. Já a invocação do Nome é o primeiro passo para vencer a morte. Hoje, sua vida, suas ações determinam a sua condição, a sua escolha. Você conhece Deus?

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

UMA COISA SÓ

" a boa parte "
Desde cedo e até o fim dos dias o homem está envolvido em afazeres, responsabilidades e compromissos. Somos uma pequena peça na imensa engrenagem da sobrevivência e desenvolvimento. Quanto mais a humanidade moderniza-se, evolui, amplia seu conhecimento parece ficar mais estressada, e o nosso humilde planeta torna-se obsoleto com seu pequeno tempo e espaço. Em meio a isso, temos que harmonizar nosso envolvimento com o Reino de Deus. Como manter comunhão diária com o Criador e serví-lo nessa embarcação que não para de navegar? Como não naufragar no mar da agitação, afazeres e corre corre? Como organizar e remir o precioso tempo para que Deus não fique de fora? Foi num pequeno evento no Evangelho de Lucas - 10: 38-42 - que Jesus deu uma preciosa dica sobre este assunto para uma discípula chamada Marta. Ele deixa claro que a solução não é complexa ou difícil de alcançar. Segundo o seu conselho, pouco é necessário ou simplesmente “uma coisa só.”

Jesus entrou numa cidadezinha chamada Betânia. Lá hospedou-se na casa de Marta, talvez a proprietária e irmã mais velha. Essa discípula tinha como fortes características a liderança e serviço e,  sabiamente, não desperdiçou a oportunidade de receber o Mestre. Logo ela entreteu-se com muitos afazeres para serví-lo. O texto nos fala que ela tinha uma irmã chamada Maria que tomou a atitude oposta: estar aos pés de Jesus em adoração e aprendizado. Marta logo inquietou-se com sua irmã e foi questionar Jesus por não repreendê-la. Jesus lhe respondeu: “Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo UMA COISA SÓ; Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.”

No Reino de Deus existem pessoas e “pessoas”. Graças a Deus somos diferentes uns dos outros. Temos que respeitar as peculiaridades de cada um e dar o nosso melhor. Temos que aprender também que “ Há tempo para tudo debaixo do sol” - Ec 3 -  e tudo com limite, com moderação. Há tempo para servir a Deus e tempo de adorá-lo. Se somos como “Marta”, serviço, que façamos com excelência e sem murmurar contra aquele que é diferente. É um privilégio servir, e servir bem. Só não podemos viver num corre corre, num ativismo descabido confiando na força do homem e cair na frustração do fracasso.

No evangelho de João, capítulo 4, nos diz que Deus está a procura de verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade. Se tivermos ocupados como Marta, Deus não terá acesso. Sabe quando ligamos para alguém e o telefone está sempre ocupado? Tenha um tempo livre para estar com o Criador. Todos temos que desenvolver o lado “Maria”. Existe um  adorador em potencial dentro de nós.

A oportunidade chegou a cidadezinha e veio até a casa de Maria, e ela agarrou. Escolheu “a boa parte”. Quase sempre oportunidades são únicas e não voltam. Seja sábio e rápido para obter de Deus o que Ele oferece de melhor. E se por um acaso você não fez a melhor escolha, não perturbe quem a fez. Marta, além da inveja, não teve o devido temor com o Mestre Jesus ao questioná-lo daquela forma. Quem age equivocadamente assim, corre o risco de, como ela mesmo disse, ficar “sozinha” nas preocupações dos afazeres. O milagre da multiplicação vem quando descansamos em adoração. Adorar é prioridade em nossas vidas. Deus é maior e mais valioso que sua obra ou dádivas.

“No sossego e na confiança está a vossa força.”     Isaías 30: 15.