Com certeza, você já ouviu alguém usar esta espressão: todo mundo faz, para justificar
alguma atitude errada, ou no mínimo polêmica. Esta é a filosofia que paira na
mente da maioria: Se todo mundo está fazendo algo, independente
do que seja, torna-se padrão aceitável por que é comum a todos. Muitas vezes não é nem a maioria, mas um grupo
considerável e generaliza-se, arredonda-se para “todo mundo”. Mas será
mesmo? “A voz do povo é a voz de Deus”? O grande poder das massas, da
maioria é suficiente para legitimar comportamentos de qualquer natureza em verdades
absolutas? Até o que era dado como imoral pode vir a ser certo, moral? Não
existe moral absoluta? Todo comportamento humano é relativo?
Preocupa-me quando vejo alguém dar início a uma fala com estas
palavras: “Todo mundo faz...” Só pela lei natural da própria
consciência, que não devemos fazer para os outros o que não queríamos que fizessem
a nós, já se estabelece muitos padrões imutáveis. Não é o simples fato de todos
estarem fazendo que justifica-se qualquer comportamento.
Expressivo é o poder que tem a opinião das multidões, os conceitos
massificados. Ir de encontro à imensa maioria é como nadar contra uma forte
maré. Alto é o preço em obedecer à consciência, de seguir
valores morais dignos. Muitas vezes somos taxados como conservadores,
puritanos, fundamentalistas. Temos que fazer o certo por amor ao próximo e a
Deus. Deitar a cabeça no travesseiro e dormir o sono do justo não tem preço.
Estava no meio de uma grande roda de colegas e veio à tona o assunto abstinência
sexual pré-nupcial. Falei que sou a favor e o quanto considero importante. Logo
alguém citou: “99,9 % da população não se abstém para o casamento”. Nas
entrelinhas deixava claro que é algo ridículo e alienado esse conceito, mas ao
passo que por séculos não era. Não fui tão a fundo à discussão, mas é óbvio que
num país de maioria cristã, mesmo que muitos não sejam fiéis a este princípio, e outras religiões ou simplesmente pessoas com
esse valor, 99,9% é um exagero. Mais o que estamos discutindo aqui é que não
importa o que a maioria faz ou pensa, mesmo que seja 100%, isso não valida um
conceito. Muito pelo contrário, se a grande maioria está indo em uma só direção
é bem provável que seja equivocada. É a história do caminho largo e o estreito.
Adquirir produtos piratas, suborno, mentir, levar vantagem, sexo livre, sexo sem limites, faltar com a palavra são uns dentre vários assuntos que se
relativizaram ancorados no “todo mundo”. A voz do povo fala mais alto que a
razão, a justiça, e até mesmo Deus. O
homem encontra subterfúgio para suas práticas equivocadas na grande massa. Na
cumplicidade com o povão achou-se o meio para legalizar o imoral.
Mas frente ao “todo mundo” temos como encontrar um porto seguro? A
fonte da verdade? O Criador é resposta. Ele nos fez e sabe o que é o melhor, e
revelou-se para o homem através de seu Filho que dizia ser a própria verdade: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida.
Jo 14:6.
“A voz do povo é a voz do Diabo” parece mais adequado. A partir de agora rechace essa voz de sua mente:
“Todo mundo faz!”
Conhecereis a verdade
e a verdade vos libertará. Jo 8:32
Nenhum comentário:
Postar um comentário